— Mamãe,
o monstro embaixo da minha cama não me deixa dormir.
A mãe sentou-se, esfregando os olhos. Era a terceira vez naquela noite e a quarta
noite consecutiva em que a menina vinha acordá-la por conta do monstro.
— Meu bem, eu já olhei duas vezes, lembra? Não há nada lá.
— Ele disse que vai embora quando comer alguma coisa — disse a filha, com olhar
suplicante.
Vendo que não tinha escolha, a mãe afastou as cobertas e pôs-se em pé, sem
disfarçar a impaciência. Entrou no quarto da criança, silencioso como um túmulo,
acendeu a pequena luz da cabeceira e, antes que tivesse a chance de se abaixar,
uma mão grotesca, com garras retorcidas, agarrou seu tornozelo, arrastando-a para
debaixo da cama. Ela se debateu e lutou, enquanto uma dor lacerante subia-lhe
pelas pernas, alcançava seu ventre e depois o peito. Logo não houve mais luta e o
quarto ficou quieto novamente.
A menina, que observava tudo à distância, aproximou-se e subiu na cama.
— Espero que agora você me deixe dormir — disse, apagando a luz.
A mãe sentou-se, esfregando os olhos. Era a terceira vez naquela noite e a quarta
noite consecutiva em que a menina vinha acordá-la por conta do monstro.
— Meu bem, eu já olhei duas vezes, lembra? Não há nada lá.
— Ele disse que vai embora quando comer alguma coisa — disse a filha, com olhar
suplicante.
Vendo que não tinha escolha, a mãe afastou as cobertas e pôs-se em pé, sem
disfarçar a impaciência. Entrou no quarto da criança, silencioso como um túmulo,
acendeu a pequena luz da cabeceira e, antes que tivesse a chance de se abaixar,
uma mão grotesca, com garras retorcidas, agarrou seu tornozelo, arrastando-a para
debaixo da cama. Ela se debateu e lutou, enquanto uma dor lacerante subia-lhe
pelas pernas, alcançava seu ventre e depois o peito. Logo não houve mais luta e o
quarto ficou quieto novamente.
A menina, que observava tudo à distância, aproximou-se e subiu na cama.
— Espero que agora você me deixe dormir — disse, apagando a luz.